quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Entrevista - Cris Vivan

Hoje volto para dar prosseguimento às entrevistas e, desta vez, a entrevistada é uma pessoa bastante especial, a Cris. Sabe, nesta minha profissão, muitos passam por mim, sendo que, naturalmente, alguns viram amigos mais próximos. Pois é, a Cris é da "leva" dos que são considerados amigos. Uma amiga com a qual terei sempre contato e para a qual minha casa estará sempre aberta.


Cris, obrigada pela colaboracão! Estou segura de que suas palavras agregarão algo aos nossos leitores. Me alegra muito poder ter conhecido vocês, da família (a Cris é irmão do Douglas, que também já colaborou aqui com a gente...lembram?).


Depois dos confetes, vamos a entrevista! :-)


Ps: a foto da Cris está muito "chiquetesérrrrrrrrrima"! Arrasando na Toscana!


...

.....


ENTREVISTANDO CRIS VIVAN



1-O que a motivou a buscar o reconhecimento da cidadania italiana?


Dois motivos me motivaram a buscar o reconhecimento da cidadania italiana. Um é o fato de estar muito próxima à cultura italiana - a minha família faz questão de preservar várias coisas herdadas da educação do meu avô, o qual era filho de italianos. Assim, desde pequena, escuto muitas histórias sobre a imigração, cultura e comportamento de uma família italiana, por isso meu amor pela minha família, o amor que a minha família e eu temos pela Itália ainda é muito forte. É um orgulho, para mim, me tornar uma cidadã italiana. A segunda razão, é meu interesse em morar/viver na Europa ou Reino unido. E para isso, tendo o passaporte italiano, abrem-se muitas portas.


2-Qual foi a fase mais complicada do processo?


A fase mais complicada acredito ser a espera da NR, onde não se tem a certeza se o consulado do Brasil vai mandar e/ou quando irá mandar. Porém, em particular, é difícil também conviver apenas com pessoas que estão vivendo a mesma situação, visto que todos ficamos estressados e apreensivos pela finalização do processo. Literalmente me senti num BBB, pessoas "confinadas" onde só se falam do mesmo assunto. Achei bem estressante, muito embora entenda que isso faça parte da conquista da cidadania italiana.


3-O que mais lhe marcou na sua experiência na Itália?


É engraçado falar sobre o que mais me marcou na Itália porque tudo começou logo nos primeiros dias de estadia. Por se tratar de país de primeiro mundo, esperava encontrar um país visivelmente desenvolvido quanto à informatização e educação/cortesia das pessoas. Mas, muito pelo contrário, é um país bastante velho (que parece fazer questão disso) e nada simpático quanto se trata da população nativa. Entretanto, hoje vejo que, justamente por ser um país “velho” é que tem tanta história, tradição e atração, e que estas três coisas juntas transformam a Itália num país belíssimo e cheio de encantos. É um charme ver aqueles velhinhos andando de bicicleta pela cidade. E quanto a simpatia citada, aprendi que não é bem essa a questão. Os italianos simplesmente são bem diferentes do povo brasileiro - se não tem intimidade, não tem o porquê ficar agradando, mas assim são os italianos... como talvez eles possam pensar que o brasileiro seja um povo “dado”.... é só questão de costume e cultura, no começo estranha, mas depois acostuma. Então, o que mais me marcou foi isso. Essa imagem que tinha em mente de país de primeiro mundo, pais moderno...Definitivamente a Itália não se encaixa nesse conceito, não ao menos em muitos aspectos.


4-Quais as perspectivas que tem daqui para a frente, já que é uma cidadã italiana reconhecida?


Só tendem a ser as melhores perspectivas possíveis. No meu caso, pretendo estudar, fazer um curso de especialização no Reino Unido e, sendo uma cidadã italiana, as minhas chances para tal são bem maiores e baratas também. (risos). Mesmo que eu volte a morar no Brasil, a gente nunca sabe o dia de amanhã. Digo isso não apenas pelo fato de me arrepender e querer voltar para o Reino Unido/Europa, como também pela minha família, filhos, os quais serão reconhecidos como cidadãos italianos.


5-Tem alguma mensagem para deixar a quem esteja ainda em busca e, por algum motivo, esteja desestimulado?


Para falar a verdade eu não vejo o porquê não fazer isso. Por mais que a pessoa não pense em vir morar definitivamente fora do Brasil nos próximos anos, nem por isso está livre da chance de receber uma ótima oportunidade de trabalho temporário dentro da empresa a qual trabalha no Brasil, e a escolha do candidato ideal para esta vaga, sendo um cidadão europeu, pode ser o fator decisivo. Além do fato, já citado na questão anterior, de os filhos poderem ser privilegiados por também se tornarem cidadãos italianos com base em uma história de família - cheia de histórias para contar vinda dos pais, avós e bisavós.


...

.....


Leia mais entrevistas em:


  • Entrevistando Jordani Rebeschini (aqui).

Nenhum comentário:

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...