quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Reconhecer ou Não a Cidadania Agora

Em face da crise no continente europeu, muitas pessoas me perguntam se é o momento para reconhecer a cidadania italiana. Para os que almejam emigrar do Brasil, um passaporte vermelho já não é sinônimo de emprego garantido e em condições melhores do que no país de origem. Medidas austeras têm sido tomadas por aqui - de retenção de gastos públicos principalmente - e isso dá uma segurada no crescimento, geração de emprego, aumento de renda. A situação vigente realmente não é convidativa para imigrantes que visam construir riqueza, de um modo geral. Pode ser que dê certo, para certos segmentos, mas o cenário não ajuda. Seria inconseqüente, da minha parte, dizer o contrário. Há, no entanto, outros fatores a analisar.


Em termos sentimentais, digamos, o reconhecimento da cidadania é algo único para a maioria dos que buscam esse feito. Presencio, dia a dia, a felicidade do pessoal ao ser transcrito cidadão italiano. Muitos, minutos depois, já estão ligando para o Brasil para avisar que deu certo. Fico imaginando: possivelmente era assim no passado, guardando as devidas limitações, claro. Os imigrantes italianos deviam mandar cartas, logo que pudessem, à Itália. Sim, estava tudo bem, tinham chegado.


Outro ponto a ser citado é o custo. O Euro está desvalorizado e isso diminui o custo do processo e o de se estar na Europa. O pessoal vem e fica mais satisfeito por, além de conseguir o documento, poder consumir o que o continente tem de bom. E são muitas coisas. Passeios turísticos, shows, gastronomia, vinhos. Afora as roupas, perfumes, cremes, óculos, relógios, bolsas, etc. Os ítalo-brasileiros são muito italianos neste quesito. Adoram um consumo! :) Logo, o peso do Real e da crise (precos mais baixos) contam a favor. Com um pouco de planejamento, é possível viajar, aprender, consumir e reconhecer a cidadania que pode ser muito útil, sendo prática.


Para quem quer estudar, por exemplo, é uma beleza. Aqui na Europa estão muitas das melhores universidades do mundo e um cidadão europeu tem acesso a elas. O conhecimento de outras línguas, culturas e habilidades fica verossímil. Para fazer negócios também é positivo. O leque de oportunidades aumenta. Já vi casos onde a pessoa vive entre dois ou mais países e tem empresas em ambos os lugares. Menos burocracia para isso e também para quando se viaja. Além de a Europa estar de portas abertas, há muitos países, fora da Europa, que têm melhores acordos com a União Européia do que com o Brasil. Os EUA, por exemplo.


Então gente, poderia passar linhas e linhas escrevendo, mas prefiro resumir. Na verdade, depende do plano de cada um. Compensa ou não vir para cada um, mas o que sei é o seguinte: o reconhecimento está mais acessível e a Europa, apesar da quebradeira, ainda tem muito a oferecer de bom. É um continente muito antigo, com vários ... vários, predicados, afora a experiência que dispensa palavras.


Espero ter ajudado!

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